A braços com problemas técnicos nada habituais no seu Silver Car S2, Nuno Guimarães quedou-se pelo 2º posto nos Protótipos B, vendo o seu colega de equipa Nuno Pinto desistir precocemente e Rute Brás suplantar as limitações na caixa de velocidade do Peugeot 206 RC, conduzindo o carro francês ao 5º posto entre os Turismo 3.
Os resultados ficaram muito aquém do normal, transformando a prova organizada pelo Demoporto no momentos menos positivo da época.
Nuno Guimarães viu-se impedido de defender a sua invencibilidade em 2024, quanto o seu protótipo Silver Car S2 começou a dar sinal de fraqueza, levando o ‘Capitão da Montanha’ a levantar o pé na 2ª subida de prova, atrasando-se face ao jovem Afonso Santos e, nem um forcing na derradeira subida, chegou para evitar a vitoria do seu adversário.
No entanto, O 2º posto permitiu manter uma boa margem na liderança do campeonato, tendo agora Nuno Guimarães 20 pontos de avanço.
O balanço feito pelo líder da NJ Racing foi, forçosamente, agridoce:
“Quanto à equipa, bem, que aconteceu ao Nuno Pinto foi a machadada final!… A única coisa boa é que levou à decisão de mudar de carro. A Rute continua a evoluir e o resultado foi bom. Quanto a mim, o Silver Car resolveu amuar e prejudicou-me, principalmente na 2ª subida. Conseguimos descobrir o problema e já foi possível ser rápido na derradeira subida de prova, mas já era tarde para conseguir recuperar por completo. O 2º posto é um mal menor, continuo líder do campeonato e vamos à Serra da Estrela para assegurar mais um título!”.
Nuno Guimarães não quis deixar de “parabenizar o Afonso. Já era altura de ele saborear o degrau mais alto do pódio. Temos muito orgulho nele. É o futuro desta divisão!”.
E, como se infere pelas palavras do ‘Capitão’, a fava voltou a sair a Nuno Pinto. A sua barchetta ADR Sport II voltou a ceder, não permitindo ao rápido piloto duriense completar uma subida que fosse!
“Acabou!… não gastaremos mais tempo, nem recursos, a tentar debelar os problemas neste carro!”, assumiu Nuno Pinto, no fecho da sua curta presença na prova, lamentando “este calvário que vivemos. Quis muito estar presente na rampa, pelo carinho imenso que tenho por Boticas e pelos botiquenses. Lamento que não lhe tenha proporcionado o espetáculo que queria dar. Agora é olhar em frente, ir em busca de uma solução competitiva e, em 2025, voltar com toda a força!”.
O Top 5 de Rute Brás na Divisão Turismo 3 assume-se como mais um excelente resultado para a aguerrida piloto de Peso da Régua. Em mais um fim-de-semana em que o seu Peugeot 206 RC funcionou que nem um relógio suíço e a ‘Amazona do Douro’ demonstrou uma segurança à prova de bala e uma capacidade de evolução que se traduz na melhoria de quase 20 segundos (!) entre a 1ª e a 3ª subidas de prova.
“O resultado é bom e dá-nos esperança de terminar a época com uma boa classificação”, afirma Rute Brás que, no entanto, lamenta que “a rampa não tenha corrido tão bem quanto eu gostava. No Caramulo partimos a caixa de velocidades e, por atraso na vinda desse componente já refeito, tive de alinhar aqui, em Boticas, com a caixa de origem e o rapport muito longo prejudicou muito a condução do carro”.
Agora, foco total na última prova da temporada. A Rampa Serra da Estrela Covilhã ocorre nos dias 12 e 13 de outubro e a NJ Racing quer fazer da prova o palco de mais um título de Nuno Guimarães e da melhor classificação de sempre de Rute Brás na classificação final da sua divisão.