Não foram só as lutas em pista que levaram o ‘conta-rotações’ da emoção à ‘red line’ no G.P. de Portugal, com o público presente no Autódromo Internacional do Algarve a dizer um sentido ‘obrigado e até breve’ a Miguel Oliveira.
Tudo indicava que íamos estar perante mais um excecional fim de semana de corridas, pleno de emoções fortes. Afinal, o MotoGP estava de volta ao nosso país, com o fantástico palco do Autódromo Internacional do Algarve a receber a disciplina máxima do motociclismo quase ano e meio depois do G.P. de Portugal em março do ano passado. Para mais, agora no final da época e com um título, o de Moto2, que esteve perto de ficar decidido em Portimão, em favor de um piloto brasileiro, que o público português também ‘apadrinhou’.
Mas, muito especialmente neste Grande Prémio de Portugal, era a despedida de Miguel Oliveira da classe rainha da Velocidade perante o seu público que subia ao topo, na escala das emoções que se anteviam.
E assim foi desde o primeiro momento, com o piloto português a ser acarinhado pelos fãs em reconhecimento por todos os momentos épicos que nos deu e ao desporto ao longo destes anos entre a elite do motociclismo. Emoções que atingiram o seu ponto mais alto antes da partida para a corrida de MotoGP no domingo quando, antes do Hino Nacional, até uma caravela surgiu na reta da meta do AIA, em homenagem também ao piloto que levou o nome de Portugal a novos mundos. Um momento inesquecível para Miguel Oliveira e para todos os que assistiram.
Mais do que um adeus, foi um ‘obrigado e até breve’, pois em março Miguel Oliveira estará em Portimão já integrado no plantel do Mundial de SBK, e depois em outubro no Estoril.
Em pista, assistiu-se no sábado aquela que terá sido a melhor corrida Sprint da época, com uma intensa luta a três entre Alex Márquez (que viria a vencer), Pedro Acosta e Marco Bezzecchi. No domingo, Bezzecchi, que tinha sido o autor da pole position, levaria a melhor numa corrida um pouco mais morna mas não isenta de grandes momentos, com Miguel Oliveira a sair de trás após uma qualificação difícil e a terminar nos pontos em 14º lugar. Em Moto3 venceu o jovem prodígio Máximo Quiles e, em Moto2, foi Diogo Moreira que ficou a um curto passo do título mundial, vencendo a corrida para aumentar para 24 pontos a sua vantagem face a Manu González, pelo que lhe bastará um 14º posto para dar ao Brasil o primeiro título mundial de Velocidade da sua história.
No próximo ano o G.P. de Portugal está de volta a Portimão novamente em novembro, outra vez como penúltima prova da época.
