- O concept de demonstração Renault Emblème reflecte a visão da Renault de um automóvel que responde ao desafio da mobilidade com baixas emissões de carbono.
- Respondendo a um grande desafio de engenharia e de inovação, este concept mostra como a produção de automóveis pode permitir a uma empresa, como o Grupo Renault, atingir o objetivo de carbono zero1 até 2040 na Europa e até 2050 em todo o mundo.
- O Renault Emblème foi desenvolvido para maximizar a descarbonização ao longo do seu ciclo de vida. Trata-se de um automóvel familiar concebido para reduzir, em 90%, as emissões de CO2 eq. do berço ao fim de vida, em relação a um automóvel equivalente atual.
- Este concept de linhas elegantes e fluidas simboliza um design destinado a otimizar a aerodinâmica e a maximizar a eficácia.
- O Renault Emblème é movido por um grupo propulsor totalmente elétrico, concebido para reduzir as emissões de carbono sem comprometer a versatilidade, sendo alimentado por duas energias: uma bateria de 40 kWh para o dia a dia e uma pilha de hidrogénio para as deslocações mais longas.
- O Emblème tem 4,80 metros de comprimento, reafirmando a ambição da Renault de continuar a inovar no segmento C e superiores.
- O Emblème vai ser apresentado no stand da Renault, no Salão Automóvel de Paris de 2024. Num futuro próximo, a Ampere apresentará este concept na íntegra, mostrando os avanços tecnológicos que tornam possível este nível de descarbonização.
Uma abordagem Renaulutionária à descarbonização
A descarbonização da mobilidade é um objetivo fundamental na luta contra as alterações climáticas. Para uma empresa automóvel como o Grupo Renault, trata-se de enfrentar uma série de desafios relacionados com a indústria, a energia, a tecnologia, o abastecimento, a velocidade, etc… Para atingir a meta de carbono zero até 2040 na Europa e 2050 a nível mundial, em conformidade com os seus objectivos, a empresa deve revolucionar a forma como concebe e constrói os seus automóveis.
Esta abordagem é demonstrada pelo Renault Emblème apresentado pela Renault, no seu stand no Salão Automóvel de Paris, entre 14 e 20 de outubro. Esta visão de um automóvel familiar é um laboratório que apresenta as inovações desenvolvidas pela Renault, a Ampere e os seus parceiros para responder a estas exigências.
O principal desafio deste projeto de referência reside no facto de a descarbonização ter sido maximizada ao longo de todo o ciclo de vida do automóvel, do berço ao fim de vida. Na sequência do conceito Scenic Vision H2-Tech de 2022, o Renault Emblème vai mais longe, reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa (CO2 eq.) em 90%, em relação a um automóvel equivalente construído atualmente; para produzir apenas 5 toneladas de CO2 eq. do berço ao fim de vida.
Para tal, o projeto explorou uma multiplicidade de combinações inteligentes, credíveis e viáveis: materiais reciclados com uma pegada de carbono reduzida, materiais naturais, processos de produção inteiramente baseados em energias renováveis, implementação geral de peças reutilizadas e circularidade, etc… O mesmo se aplica às escolhas técnicas, incluindo o grupo propulsor.
Eficiência no centro da nova linguagem de design da Renault
O Renault Emblème simboliza uma nova abordagem holística do design automóvel. O seu design exterior combina desportivismo, elegância e emoção, através de curvas sensuais e linhas gráficas de carácter técnico, criando um objeto ultra-desejável. O design é também o resultado de uma otimização meticulosa da aerodinâmica, concebida para ser eficaz através de uma abordagem mais sustentável, sem comprometer a estética. No Renault Emblème, por exemplo, o espelho retrovisor exterior é substituído por duas câmaras integradas nas cavas das rodas, os limpa para-brisas são ocultos sob o capot e os puxadores das portas são elétricos e embutidos na carroçaria. Duas aletas no capot e duas saídas de ar no para-choques canalizam o fluxo de ar para o para-brisas e para trás das rodas, respetivamente. As jantes são de disco completo, de modo a conduzir o fluxo de ar ao longo da carroçaria. O design de fundo plano inspirado na F1 é reforçado por um difusor ativo, que se inclina para baixo e para trás, para equilibrar o fluxo de ar e minimizar a resistência aerodinâmica.
O design foi aperfeiçoado graças à tecnologia dos gémeos digitais e aos equipamentos de simulação digital, de última geração, fornecidos pela BWT Alpine F1 Team, no âmbito de uma colaboração frutuosa entre a Renault e a Ampere. A conjugação dos seus conhecimentos permitiu otimizar a aerodinâmica passiva e ativa para uma penetração eficaz do ar. O Renault Emblème tem um Cx muito bom de 0,25.
A elegância de uma shooting brake familiar sem comprometer a eficiência
As curvas fortes e o estilo “shooting brake” do Renault Emblème são evidenciados pelo efeito dicroico da carroçaria verde, que faz com que a cor seja diferente consoante o ângulo de observação. O automóvel é uma combinação elegante de uma carrinha, com uma ampla distância entre eixos de 2,90 metros, e um coupé com uma altura moderada de 1,52 metros e uma linha de tejadilho fluida.
O automóvel tem 4,80 metros de comprimento, o que o torna ideal para viajar confortavelmente em família, com passageiros e bagagens. Simboliza também a ambição reafirmada pela Renault de continuar a inovar no segmento C e superiores, em linha com a sua estratégia de valor. Explorando novos caminhos de design inspirados no emblemático logótipo Renault, a assinatura luminosa pretende ser, simultaneamente, high-tech e facilmente identificável.
O peso de um automóvel, que está parcialmente ligado ao seu tamanho, tem impacto nas suas emissões de CO2 eq. a vários níveis: quando os materiais são extraídos, durante a produção e o transporte, durante a utilização (impacto no consumo de energia) e quando o automóvel é reciclado. No âmbito da sua conceção ecológica, os designers e engenheiros procuraram eliminar todos os quilogramas supérfluos, com o objetivo de atingir um peso de 1750 kg, incluindo as baterias. O Renault Emblème pesa, assim, menos que a maioria dos SUV híbridos ou automóveis elétricos de dimensões semelhantes.
Um grupo propulsor que combina versatilidade e desempenho com as baixas emissões de carbono
O Renault Emblème dispõe de um grupo propulsor elétrico de dupla energia, alimentado por uma bateria recarregável “clássica”, suficiente para a utilização quotidiana, e por uma pilha de combustível a hidrogénio, para as deslocações mais longas. Baseada na plataforma AmpR Medium, a arquitetura de tração traseira acolhe os diferentes componentes do grupo propulsor (motor elétrico, bateria, pilha de combustível e depósito de hidrogénio), mantendo um centro de gravidade baixo e uma repartição de peso ideal para favorecer o desempenho e o rendimento.
O motor elétrico de rotor bobinado de 160 kW do Emblème não utiliza terras raras. É alimentado por uma bateria NMC (40 kWh), mais leve, mais barata, menos volumosa e mais respeitadora do ambiente do que a de um automóvel elétrico familiar de longo alcance. Tem uma autonomia de várias centenas de quilómetros, mais do que suficiente para as deslocações quotidianas. A pilha de combustível PEMFC de 30 kW funciona com hidrogénio, com baixo teor de carbono, através de um depósito de 2,8 kg, fornecendo a potência necessária para viagens longas, com uma eficiência máxima de cerca de 60%.
Esta configuração maximiza a versatilidade deste tipo de automóvel, capaz de percorrer uma distância de até 1.000 km tão rapidamente como um veículo ICE: sem carregamento, mas com apenas duas paragens para reabastecimento de hidrogénio – menos de cinco minutos de cada vez – para uma autonomia de 350 km. Numa viagem típica entre Paris e Marselha, 75% da eletricidade consumida pelo automóvel é produzida pela pilha de combustível, sem outras emissões para além da água.
Um método de trabalho inovador
Tendo em conta os ambiciosos objectivos de descarbonização, o automóvel de demonstração Emblème exigiu novos métodos de trabalho. Mais de 20 parceiros, todos especialistas nas suas áreas, trabalharam no projeto com a Renault e a Ampere. Cada um contribuiu com a sua própria tecnologia ou experiência para reduzir as emissões de CO2 eq. em 90% durante todo o ciclo de vida do automóvel.
Esta abordagem colectiva horizontal favorece a inovação sem barreiras entre o Grupo, as suas marcas, entidades, parceiros e fornecedores. Para este projeto, esta abordagem permitiu tirar partido de uma diversidade e complexidade tecnológicas excepcionais para atingir objectivos de descarbonização elevados. O automóvel de demonstração Emblème mostra, mais uma vez, que o Grupo Renault está na vanguarda da inovação, impulsionando o progresso da mobilidade e da indústria automóvel em geral, fazendo participar todo o seu ecossistema.
A Ampere apresentará este automóvel, no final de outubro.
Uma metodologia baseada na análise do ciclo de vida dos veículos A análise do ciclo de vida (ACV) é um método científico para quantificar os impactos ambientais de um veículo do berço ao abate (fim de vida). Tem em conta a extração de materiais e a produção de componentes, bem como a montagem, o transporte, a utilização, a manutenção e a reciclagem do veículo. É a ferramenta multicritério global e normalizada utilizada pelo Grupo Renault. Uma das suas principais utilizações é calcular o potencial de aquecimento global associado às emissões de gases com efeito de estufa, medido em equivalente CO2 (CO2 eq.) por veículo vendido. O Grupo Renault calcula o consumo real dos seus automóveis ao longo de 200.000 km. O Grupo Renault e a Ampere apoiam igualmente a proposta da indústria automóvel francesa de medir o impacto de todo o ciclo de vida do veículo. Para um Megane E-Tech 100% elétrico, as emissões totais baseadas na análise do seu ciclo de vida ascendem a 24 toneladas de CO2 eq. Ou seja, praticamente metade das de um modelo equivalente que funcione com combustíveis fósseis (50 toneladas de CO2 eq. no caso de um Captur com motor a gasolina). A mobilidade totalmente elétrica, por outras palavras, é mais virtuosa em termos de emissões de CO2 eq. O objetivo do projeto Emblème é de 5 toneladas de CO2 eq. do berço ao abate, ou seja, uma redução de cerca de 90%! |
[1] Carbono líquido nulo obtido principalmente através de uma redução de 90% das emissões de gases com efeito de estufa, seguida da aplicação de medidas de compensação.