Um Oureense a dar cartas no Enduro

Estivemos á conversa com Joel Carvalho que nos fez um resumo dos últimos anos no enduro nacional ficando a promessa de  acompanharmos a partir de agora mais de perto as suas prestações e fazer delas noticia….. 
“Antes de 2019, já tinha feito algumas corridas, mas foi nesse ano que tirei a minha primeira licença desportiva. A primeira corrida foi um verdadeiro banho de água fria — achava que era rápido, mas na prática andava a disputar os últimos lugares. Levantei a cabeça, treinei muito, e cheguei à última corrida a lutar pelo 3.º lugar do campeonato contra um piloto da casa. Estava em 4.º e precisava de vencer os dois dias… e consegui! Em plena chuva e frio, conquistei o 3.º lugar na classe Verdes 3.
No ano passado voltei à luta. Comecei mal, com uma desistência, mas fui evoluindo ao longo do ano. Cheguei a estar em 2.º lugar no campeonato, mas uma queda feia em Tábua tirou-me da luta pelo título. Acabei novamente em 3.º na classe Verdes 3.
Este ano mudei para a classe Veteranos — uma classe muito competitiva, cheia de campeões “veteranos”. A realidade é diferente: no ano passado lutava por vitórias, este ano estou a aprender muito.
  • 1.ª corrida (Góis): Uma tempestade, muita chuva e frio. Era também a minha estreia com uma mota a 4 tempos, com pouquíssimas horas de prática.
  • 2.ª corrida (Santa Marta de Penaguião, 2 dias): No primeiro dia comecei lento, mas ganhei boas sensações. No segundo dia andei sempre em 3.º, perdi na última especial, mas para mim foi uma vitória.
  • 3.ª corrida (Monsaraz): Sim, no Alentejo também chove! Estava doente e fui-me abaixo. Na 2.ª assistência tomei medicação, ganhei ânimo e consegui acabar.
  • Europeu (Santiago do Cacém): Muita areia, uma prova muito divertida. O desfile de pilotos levou-me às lágrimas. A especial noturna com muito público foi incrível. Dois dias de enduro num percurso exigente, como era de esperar para receber os melhores da Europa. Cometi erros de principiante, mas mesmo assim garanti o 5.º lugar final.
  • Lousã (19 de abril): Um percurso que adoro e onde já venci na classe Hobby. Mas a chuva estragou tudo: o terreno ficou destruído, regos por todo o lado, especiais anuladas ou alteradas. Fiquei preso várias vezes. Na assistência troquei pastilhas de travão, mas voltei a ficar sem travões e tivemos de trocar novamente. O objetivo passou a ser só terminar e pontuar. Consegui levar a mota até ao fim, mesmo com penalizações, e terminei em 6.º lugar — o suficiente para manter o 4.º lugar no campeonato.
Sem dúvida, sozinho já teria desistido. Tenho uma excelente equipa — família e amigos — que me apoiam incondicionalmente. Muitas vezes, só com um olhar percebem o que preciso.
Também quero agradecer à ERA Imobiliária Ourém Fátima e à CeliCerca Soluções Equestres, que nestes dois últimos anos me têm dado condições para treinar e competir com mais conforto. Muito obrigado!”
 

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