Mesmo num fim-de-semana em que nem tudo correu de feição, a Power House almejou conquistar o Top 2 à Geral através de Hélder Silva e colocar Nuno Caetano no pódio dos Protótipos A. Afonso Santos foi forçado a abandonar com um problema mecânico no BRC B49 Evo, quando liderava entre os Protótipos B.
Para a forte equipa poveira, a Rampa Porca de Murça foi um desafio tremendo, que a Power House conseguiu ultrapassar de forma positiva.
Hélder Silva, o líder da equipa, estreou em terras transmontanas uma Norma FC20 M20 FC e fê-lo num fim-de-semana em que as condições meteorológicas não foram nada favoráveis às características dos protótipos.
“Foi uma rampa muito difícil, sobretudo no sábado, primeiro dia da prova com muita chuva, carro novo e a necessária adaptação. A equipa fez um excelente trabalho, sempre a mexer no carro e a torná-lo mais competitivo. No domingo, já conseguimos ser mais fortes e foi visível que consegui extrair mais do potencial da Norma. No seco já conseguimos ser rápidos. Fomos subindo na classificação. Na última subida, apesar do piso estar olhado, apostei nos slicks e deu para chegar ao 2º lugar da geral, vencendo entre os Protótipos. Saí contente de Murça e convicto de que lutaremos pelo título nacional absoluto”, afirmou o tetracampeão nacional.
Hélder Silva lidera os dois campeonatos, pois o vencedor absoluto da rampa não pontuou para o campeonato.
Tripulando a renovada Osella PA21S EVO, Nuno Caetano ultrapassou um fim-de-semana árduo, logrando arrecadar o 3º lugar nas contas dos Protótipos A.
Caetano não escondeu que viveu “um fim-de-semana muito difícil. Foi madrasta a Rampa Porca de Murça, onde a chuva e as bandeiras amarelas foram protagonistas!… A prova valeu por me ter permitido conhecer melhor esta evolução que a equipa introduziu na Osella. A máquina que está mais bruta este ano e vai-me dar muitas alegrias. O pódio conquistado é sempre saboroso”.
O ‘globetrotter’ enfatizou “o meu agradecimento à Power House e ao CAMI e todos os comissários que pacientemente esperaram horas ao vento, chuva e frio para que pudéssemos fazer o que gostamos”.
E só um problema mecânico parou a exibição colossal de Afonso Santos em Murça. O jovem piloto poveiro deixou de ser um ‘rookie’ em evolução, para ser hoje um dos pilotos mais espetaculares e eficazes da Montanha nacional.
Em Murça, foi sempre capaz de dominar a slides dos Protótipos B, sobretudo quando a pista estava molhada. Colocou o BRC B49 Evo da Power House no comando após ser o mais rápido na única Subida de Prova de sábado e deixou bem vincado que seria o principal favorito a vencer.
Mas, no domingo, um problema no motor do protótipo espanhol acabaria com as suas justas aspirações, provocando uma amarga desistência:
“Foi um fim-de-semana com altos e baixos, que acabou mal. No primeiro dia conseguimos ser rápidos e eficazes, sobretudo à chuva. Confesso que correr à chuva sempre foi uma paixoneta minha… Mas, no domingo, acabamos por partir o motor na subida de treinos e foi uma pena, pois estávamos com um excelente ritmo, muita confiança e estávamos capazes de lutar pela vitória. Paciência… agora é pensar na Penha!”.
A Power House começou já a preparar a Rampa da Penha Paisagem Protegida. Guimarães recebe a 2ª prova do CPM JC Group já dentro de menos de duas semanas, a 5 e 6 de abril.