O espetáculo das SBK voltou a Portimão!

Grandes corridas num fim de semana diferente, com animação dentro e fora de pista, no regresso do Mundial de Superbike ao Autódromo Internacional do Algarve.

O Autódromo Internacional do Algarve voltou a acolher uma ronda do Campeonato do Mundo de Superbike, uma competição com ‘lugar cativo’ no traçado algarvio e com um lugar muito importante na história do AIA, ou não tivesse sido aquela que inaugurou o circuito de Portimão em 2008.
No último fim de semana, pela primeira vez sem contar com o seu timoneiro e fundador, Paulo Pinheiro, falecido no passado mês de julho, o Autódromo Internacional do Algarve recebeu as SBK num formato diferente, com as corridas principais ao final da tarde e muito animação para lá do programa desportivo, ou não estivéssemos no Algarve no mês de agosto.
Em pista, apesar dos resultados indicarem mais um ‘hat-trick’ de Toprak Razgatlioglu e da BMW, batendo novo recorde de vitórias consecutivas no Mundial (que é agora de 13 triunfos), a verdade é que as discussões em pista foram muitas e bem acesas pelos lugares de pódio, entre o piloto turco, o seu companheiro de equipa Michael van der Mark, a Kawasaki de Alex Lowes e as Ducati de Bautista, Bulega e Petrucci, proporcionando a todos um grande fim de semana de corridas.

Para os portugueses, este fim de semana teve ainda o sabor especial de termos um piloto luso a alinhar na classe principal – Ivo Lopes, chamado à última hora para substituir Tarran McKenzie na equipa Petronas MIE Honda – e de contarmos com Tomás Alonso no Mundial de Supersport 300, com Dinis Borges a ficar de fora após uma queda nos treinos.

Na corrida de sábado, Ivo Lopes foi 19º colocado, uma posição acima do seu companheiro de equipa e piloto regular da equipa, o malaio Adam Norrodin. No domingo, o piloto português foi 22º, embora baixando o seu tempo por volta para entrar no segundo’42, sendo 20º na corrida principal de domingo. Uma prestação imaculada para Ivo Lopes, cuja missão, desconhecendo em absoluto a equipa, a moto e os pneus, era a de trazer a moto sem problemas e fornecer informação útil à equipa – missão de tal modo bem cumprida que, já durante esta semana, na terça e quarta-feira, o português estará com a equipa em testes no Estoril, para ajudar a desenvolver a CBR1000RR-R da MIE Honda e recolher dados para a prova do Mundial que ali se vai realizar em outubro.

Já nas Supersport 300, os dois ‘wild cards’ portugueses, Dinis Borges e Tomás Alonso, tiveram sortes diversas: Dinis Borges sofreu uma queda na sexta-feira que o impossibilitou de correr no fim de semana, tendo sido declarado não apto fisicamente após o warm-up de sábado. Quanto a Tomás Alonso, uma penalização sofrida durante a qualificação, por rodar devagar na trajetória durante a sessão, forçou-o a descer do 24º para o 31º lugar da grelha de partida para a corrida de sábado. Mas, mal se apagaram os semáforos, o piloto português encetou uma fantástica recuperação, e era já 13º à entrada para a derradeira curva da última volta, quando, rolando num grupo compacto, perdeu duas posições até à linha de meta, mesmo assim terminando no 15º lugar e arrecadando 1 ponto no campeonato.

No domingo, saindo de 24º lugar, as perspetivas eram um pouco melhores e, uma vez mais, Tomás Alonso fez uma corrida de ‘faca nos dentes’, recuperando várias posições, tanto que, ao final da 4ª volta, já tinha conseguido entrar nos lugares pontuáveis, até que, duas voltas depois, um toque de um rival o fez atrasar-se e descer vários lugares, terminando no 19º posto.

Tratou-se, assim, de uma grande prestação dos dois portugueses em pista que, quem sabe, e na sequência de vários contactos tidos durante o fim de semana, lhes poderá mesmo valer posições permanentes em 2025, respetivamente em SBK e SSP300…

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