O 6º lugar final nas contas dos Clássicos não releva a capacidade competitiva demonstrada por José Pedro Gomes em Boticas, sendo mais fruto da ‘lotaria meteorológica’ e da intensa luta pelo 3º lugar do pódio entre vários pilotos e que poderia ter caído para qualquer um.
Com um dia inaugural de sábado condicionado pela chuva e pelos inúmeros incidentes que forçaram a organização a reduzir para apenas duas subidas o programa da Rampa de Boticas, o dia final de domingo revelou-se decisivo, pois os tempos na única subida de prova de sábado foram necessariamente altos.
E esse facto viria a prejudicar a classificação final de José Pedro Gomes. Tendo sido eficaz nessa subida inaugural, registou um tempo na 2ª subida de prova que o colocava taco-a-taco a discutir o 3º lugar, desiderato que não alcançaria porque não pode alinhar na terceira e derradeira subida de prova, ocasião em que todos os seus adversário melhoraram as suas marcas, relegando o piloto da XMP para o 6º lugar.
Por outro lado, José Pedro Gomes viu-se forçado a alguma cautela, optando por nunca andar nos limites, pois estreou em Murça um motor novo no Ford Escort RS1800. A ausência de um teste antes da prova do Demoporto, transformou a rampa no primeiro momento de rodagem do propulsor, tendo ficado claro que é um ‘upgrade’ em relação ao anterior e que irá permitir ao piloto ser ainda mais competitivo.
O Campeonato de Portugal de Clássicos de Montanha JC Group está agora a caminho do fecho da temporada. Este ano, cabe ao CAMI Motorsport as honras de fecho que terão palco na Rampa Serra da Estrela Covilhã, aprazada para os dias 12 e 13 de outubro, não estando ainda confirmada a presença de José Pedro Gomes.