Joel Carvalho encerra o Nacional de Enduro na Figueira da Foz com luta, superação e um sorriso no capacete

Joel Carvalho encerrou no passado fim de semana a sua participação no Nacional de Enduro 2025 na Figueira da Foz.

No final da prova falámos com o piloto de Ourém que nos fez um resumo da sua participação nesta prova e do final do campeonato.

“No passado fim de semana, eu e a minha equipa deslocámo-nos à Figueira da Foz para disputar a última corrida do Campeonato Nacional de Enduro. Em jogo estava a defesa do 4.º lugar no campeonato da classe de Veteranos — uma posição que, apesar de não dar pódio, representa muito para mim depois de uma época cheia de desafios.

A organização preparou três especiais absolutamente fantásticas. A extreme, fora da cidade mas ainda visível para o público, era extremamente técnica — onde um pequeno erro podia custar preciosos segundos. Já as outras duas especiais situavam-se na cidade: uma em terreno duro e outra na famosa e temida especial no enorme areal da Figueira da Foz. Todas tinham excelente visibilidade para os espectadores, que compareceram em força.
A minha estratégia era simples: acabar sem correr riscos. O 3.º lugar só seria possível se o meu adversário direto desistisse, mas se eu não terminasse, perdia o 4.º lugar no Campeonato. Começámos com a especial extreme. Tinha vários pontos traiçoeiros e um potencial para belas fotografias (leia-se: quedas!). Mas os obstáculos acabaram por ser mais fáceis de transpor do que pareciam. As sensações em cima da mota estava no ponto, por isso arrisquei nas opções mais técnicas e curtas — e correu bem!
Dali, entrei num longo, mas incrível percurso de single track. Era um controlo horário apertado, mas muito divertido. Depois, regressámos à cidade para a especial de enduro — rápida, com zonas propícias a pequenos erros, mas onde o melhor era mesmo o público: uma verdadeira “manta humana” a puxar por nós.
Finalmente, a transição para a especial de areia. E claro, a areia deu-me um grande “mergulho”… um erro que me custou algum tempo. Apesar disso, as três voltas correram bem. Pela primeira vez no ano, consegui andar com o grupo da frente e fazer tempos de pódio. Irónico, por ser a última prova da época — mas foi aqui que finalmente encontrei a afinação ideal da suspensão.
Foi um ano duro. Muitos baixos e poucos altos. Esta classe é extremamente competitiva, e os meus adversários têm uma enorme experiência. Houve provas em que corri desanimado, afetado por diversos fatores: problemas com a mota, lesões, meteorologia, estado físico, grandes quedas. A minha equipa também passou por dificuldades, mas nunca me deixou desistir.
Nos últimos tempos, redobrei os esforços: treinos intensivos, consultas com nutricionista, osteopata, preparador físico, e várias visitas ao preparador de suspensões. Quatro treinos por semana. Um verdadeiro investimento pessoal e emocional.
E resultou: voltei a sorrir dentro do capacete. E esse sorriso foi tão raro este ano, que quando cheguei à primeira assistência com ele, a minha equipa ficou séria a olhar para mim — já nem se lembravam da última vez que me tinham visto assim.
Quero deixar um enorme agradecimento à minha família, à minha equipa, aos amigos que sempre apoiaram… mas principalmente aos meus patrocinadores: Celicerca Soluções Equestres e ERA Imobiliária Ourém | Fátima, que tornaram tudo isto possível.
E ainda, o obrigado a:
Conta Rotações
A+ – Sistemas de Climatização
Maxicargo – Transportes Nacionais e Internacionais
Pulso – Publicidade e Comunicação
Plush Craft Suspensões
GDS – Grupo Desportivo Sandoeirense
LQD – Grupo Licores, quedas e dores
Município de Ourém
Sou piloto Oureense na classe Veteranos, e este foi o fecho de uma época difícil, mas inesquecível”

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