CPR : Kris Meeke começa época a ganhar em Fafe

A dupla Kris Meeke/James Fulton (Hyundai i20 N Rally2) sagrou-se vencedora, este sábado, do Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto, primeira prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), ao bater Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2) por uma margem de 1m08.9s, no termo das 11 classificativas (110,3 km) do evento organizado pelo Demoporto – Clube de Desportos Motorizados do Porto.

Perante condições climatéricas difíceis, devido à chuva – até houve alguma neve no troço de Cabeceiras de Basto –, a deixar os pisos de terra bastante escorregadios, o piloto britânico do Team Hyundai Portugal esteve imparável, confirmando o favoritismo que lhe era atribuído. “Há muito tempo que não desfrutava de um rali tão interessante e com classificativas fantásticas, como Seixoso, por exemplo, que eu desconhecia. E também nunca tinha feito Luílhas com o piso enlameado. Aqui há algumas das melhores classificativas do mundo! Estou muito contente por começar a época com uma vitória”, confessou Meeke.

A grande figura, entre os pilotos portugueses do CPR, foi Armindo Araújo, autor de uma prova notável, ao deixar a concorrência claramente para trás. “Acreditamos sempre num bom resultado à partida e desta vez tudo decorreu de forma quase perfeita. O carro estava muito bem afinado, o que me permitiu andar rápido, mesmo tendo feito o último rali de terra no Vodafone Rali de Portugal de 2023… O ritmo foi bom, mas ainda o iremos melhorar, embora ninguém deva esquecer que competimos com pilotos do WRC, como o Meeke e o Bulacia”, adiantou o piloto de Santo Tirso, radiante com o resultado. O pódio do CPR ficou completo com o açoriano Rúben Rodrigues (Skoda Fabia RS Rally2), também em plano de grande destaque, ao superiorizar-se a uma forte concorrência. “Estou muito contente e o resultado é encorajador, tratando-se da minha primeira prova com este carro e com um ‘novo’ navegador, dada a impossibilidade do meu irmão estar presente”, disse o piloto da ARC Sport, que a nível de CPR apenas tem garantida mais uma participação: Rali Terras D’Aboboreira.

José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2) ainda teve esperanças de poder chegar à terceira posição, mas o açoriano não lhe deu veleidades. “Julguei, a determinada altura, que talvez fosse possível um lugar no pódio, mas o Rúben fez um excelente rali…”, sublinhou o piloto da Citroen Racing. Pedro Meireles (Hyundai i20 N Rally2) teve um início prometedor, na sexta-feira, mas este sábado “quebrou” um pouco, sobretudo com a saída de estrada em Seixoso 1, logrando, apesar de tudo, concluir na quinta posição do CPR e à frente do campeão em título. Para este, foi um rali para esquecer… “A afinação de base que escolhemos para o i20N era boa, mas nunca me senti confiante e andei sempre aos altos e baixos, a nível de ritmo e sem querer arriscar demasiado. Para a próxima prova as coisas hão-de correr de forma diferente”, lamentava Ricardo Teodósio. Muito regular, Paulo Neto (Skoda Fabia Rally2 evo) acabou no “top 10”, ao passo que Lucas Simões (Ford Fiesta R5), Ernesto Cunha (Skoda Fabia Rally2 evo) e Ricardo Filipe (Skoda Fabia R5) fizeram o rali possível para quem procurava evoluir, em termos de adaptação ao carro. João Barros (VW Polo R5) não foi feliz no seu regresso ao CPR e viu-se forçado a desistir logo na primeira classificativa deste sábado (Luílhas), quando ficou com a direção aberta na sequência de um “toque”.

No Campeonato 2RM (duas rodas motrizes), o campeão em título, Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally4), não deixou créditos por mãos alheias, dominando do primeiro ao último dia. O ucraniano Anton Korzun (Peugeot 208 Rally4) ainda chegou a passar pela liderança, mas capotou logo no início da segunda etapa. A partir de então, Pedro Silva e Kevin Saraiva, ambos em Peugeot 208 Rally4, foram os protagonistas da discussão do segundo lugar, que apenas ficou decidida na penúltima classificativa a favor daquele último. Jorge Carvalho (Renault Clio Rally4) e Guilherme Meireles (Peugeot 208 Rally4) travaram, igualmente, um animado duelo, mas no final seria o piloto da M. & Costas a concluir na quarta posição.

Daniel Nunes (Peugeot 208 Rally4), um dos fortes candidatos ao título, não teve a sorte pelo seu lado no primeiro dia, ao acumular um grande atraso (5 minutos) devido a problemas de carburação, e este sábado desistiu, quando a caixa de velocidades cedeu.

Classificação final (oficiosa)

1º, Kris Meeke/James Fulton (Hyundai i20 N Rally2), 1h17m39.0s

2º, Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2), a 1m08.9s

3º, Marco Bulacia/Diego Vallejo (Citroen C3 Rally2), a 1.39.3

4º, Rúben Rodrigues/António Costa (Skoda Fabia RS Rally2), a 2.43.0

5º, José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Rally2), a 3.03.3

6º, Pedro Meireles/Ricardo Cunha (Hyundai i20 N Rally2), a 4.58.7

7º, Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), a 5.01.5

9º, Paulo Neto/Nuno Mota Ribeiro (Skoda Fabia Rally2 evo), a 7.10.3

10º, Lucas Simões/Valter Cardoso (Ford Fiesta R5), a 7.44.6

11º, Ernesto Cunha/Rui Raimundo (Skoda Fabia Rally2 evo), a 8.09.8

12º, Ricardo Filipe/Filipe Carvalho (Skoda Fabia R5), a 9.13.1

2RM

1º, Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha (Renault Clio Rally4), 1.31.33.4

2º, Kevin Saraiva/Beatriz Pinto (Peugeot 208 Rally4), a 3.16.2

3º, Pedro Silva/Roberto Santos (Peugeot 208 Rally4), a 3.21.7

4º, Guilherme Meireles/Pedro Alves (Peugeot 208 Rally4), a 3.58.2

5º, Jorge Carvalho/António Santos (Renault Clio Rally4), a 5.11.5

A segunda prova do Campeonato de Portugal de Ralis será o Rally Casinos do Algarve, a 15 e 16 de março próximo.

Foto: FPAK/Zoom Motorsport

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