A cidade de Coimbra volta a receber a cerimónia de partida oficial do Vodafone Rally de Portugal, no dia 9 de maio, e quer reaver em 2025 a superespecial de abertura da prova.
Na conferência de imprensa, hoje realizada, de apresentação da cerimónia de partida da 57.ª edição do Vodafone Rally de Portugal, quinta etapa do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) que vai ser disputada entre 9 e 12 de maio, o vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Veiga, manifestou orgulho por a cidade ser, uma vez mais, o local escolhido para a realização daquele cerimonial.
O evento sai da alta universitária para a avenida de Conímbriga, na margem esquerda do Mondego, “por várias razões”, frisou o autarca: “Pela localização, mas também porque nos pareceu que, em termos de acessibilidade e segurança, a avenida de Conímbriga é um espaço que apresenta ótimas condições para receber este tipo de eventos que atraem uma grande quantidade de público”.
Por outro lado, a opção pela margem esquerda do Mondego – a via fica situada ao longo do rio, na zona da Santa Clara, acompanhando o curso deste de leste para oeste – é “também um sinal” de que o município pretende “unir as duas margens, e apoiar os comerciantes com atividades nesta zona da cidade”, argumentou Francisco Veiga.
Na ocasião, o vice-presidente da câmara municipal desafiou o Automóvel Clube de Portugal (ACP), organizador do rali, a fazer retornar em 2025 a superespecial de abertura da competição, ali realizada em 2022, mas que se mudou para a Figueira da Foz o ano passado, na altura em que Coimbra recebeu quatro concertos dos Coldplay.
“O cerimonial da partida é importante, porque marca o início da prova, mas a verdade é que nos sabe sempre a pouco, ficamos com um sentimento agridoce, de água na boca, porque gostaríamos de ver muito mais, sentir a alegria e a emoção que o rali proporciona”, argumentou Francisco Veiga.
No entanto, esta pretensão do autarca esbarra no contrato assinado entre o município da Figueira da Foz e o ACP em 2023, e que prevê, por três anos (precisamente até 2025, inclusive) o direito de opção da realização da superespecial pelo município do litoral do distrito de Coimbra.
Em resposta à agência Lusa, Francisco Veiga admitiu que Coimbra perdeu a superespecial em 2023, no ano em que Coimbra recebeu os Coldplay, por não haver mais disponibilidade de verbas para o município poder investir na superespecial do Rali de Portugal, para além dos concertos da banda britânica.
Por seu turno, João Mendes Dias, chefe operacional do ACP, recusou que na base da mudança de Coimbra para a Figueira da Foz tivesse estado uma questão financeira, nomeadamente terem sido oferecidas verbas mais elevadas.
“Foi uma opção da Câmara [de Coimbra] nesse ano, nós respeitámos, tranquilamente. O ACP não faz leilões, nunca o ACP fez um leilão, fosse sobre o que fosse, relacionado com qualquer componente dos seus eventos. O que aconteceu foi coincidirem, no tempo, a necessidade de a Câmara de Coimbra redirecionar – os seus investimentos, com o interesse da Câmara da Figueira da Foz em acolher o evento. E as coisas foram conversadas de forma muito tranquila”, reafirmou João Mendes Dias.
Sobre a cerimónia agendada para Coimbra a 09 de maio, o dirigente do ACP frisou que a partida simbólica “é um momento importante do rali, um momento em que estão presentes todos os participantes e todas as equipas a desfilar”.
Após a partida cerimonial em Coimbra, agendada para as 17:00 de 09 de maio, os pilotos deslocam-se para a Figueira da Foz, para onde está agendada, às 19:05, a superespecial de abertura do Rali de Portugal. Depois, os concorrentes entram em parque fechado (que, este ano, também sai de Coimbra) e passam a noite na Figueira da Foz, saindo para a segunda secção da prova – duas passagens pelos troços de Mortágua, Lousã, Góis e Arganil – às 06:45 de sexta-feira, 10 de maio.