Pela segunda vez esta época, o Autódromo Internacional do Algarve recebeu a caravana do Campeonato Nacional de Velocidade, com várias corridas decididas apenas ‘em cima da meta’ e um Campeão já definido!
No passado fim de semana o Campeonato Nacional de Velocidade rumou ao Autódromo Internacional do Algarve pela segunda vez esta temporada, para levar a cabo a penúltima ronda desta competição. Tratou-se de uma jornada dupla bastante animada, com grandes lutas em pista e várias corridas a serem resolvidas ‘ao sprint’, com diferenças ínfimas entre os primeiros colocados.
Nesta ponta final do campeonato, com todos os títulos ainda em aberto à chegada ao Algarve, acabámos por ficar a conhecer o primeiro Campeão do ano: Frédéric Bottoglieri (Triumph), que conquistou a coroa de Naked Bikes na classe CNB2, no primeiro ano em que esta competição tem estatuto de Campeonato Nacional. Bottoglieri terminou ambas as corridas do fim de semana em 2º lugar, sempre atrás do vencedor à geral e na classe CNB1, Duarte Amaral (BMW), ao cabo de duelos titânicos nos dois dias, com Duarte Amaral a bater o piloto da Triumph por 43 milésimas de segundo no sábado e, no domingo, por ‘microscópicas’ 21 milésimas, resultando no ‘photo-finish’ com que ilustramos a abertura desta notícia.
João Curva (BMW) na primeira corrida (viria a sofrer uma queda na segunda) e Luís Franco (BMW) no domingo seriam os ocupantes do lugar mais baixo do pódio, com este último a manter acesa a discussão do título de CNB1 com Duarte Amaral até à última prova. Marcos Leal (Yamaha) foi o único a alinhar inserido no Troféu Luís Carreira.
Nas Superbike, que desta vez correram em conjunto com a classe CDM2 da Copa Dunlop Motoval, foi Ricardo Lopes (Honda) a vencer as duas corridas, com Ruben Macuá ausente e a decisão do campeonato também adiada para o Estoril, onde bastará ao piloto da Honda terminar uma corrida. Atrás do vencedor, Nelson Cruz (Yamaha), José Gafenho (Yamaha) e Daniel Coelho (Honda) terminaram sempre por esta ordem no que respeita à classe de SBK. Entre as CDM2, Rafael Ribeiro (Yamaha) e Rui Palma (BMW) subiam ao pódio da geral e eram os melhores da classe no sábado. No dia seguinte, foi a vez de Alexandre Suati (Yamaha) e Rafael Ribeiro terminarem nestas posições. Rafael Ribeiro detém agora 36 pontos de vantagem sobre Alexandre Suati, com 50 ainda por disputar no fecho da época, em novembro no Estoril.
Tal como aconteceu na classe principal, também as Superstock 600 partilharam a pista com as ‘seiscentos’ da classe CDM1 da Copa Dunlop Motoval. Martim Marco (Yamaha), que se tinha estreado a vencer em STK600 na ronda anterior, no Estoril, desta feita ganhou ambas as corridas, sempre ao cabo de entusiasmantes duelos com o líder do campeonato, Gonçalo Ribeiro (Yamaha), na primeira cruzando a meta 2,2s na frente do seu rival e, no domingo, com escassos 0,248s de vantagem. Ainda assim, Gonçalo Ribeiro sai do Algarve com confortáveis 44 pontos de vantagem sobre Martim Marco. Também nas CDM1 Wagner Pderneira (Kawasaki) venceu nos dois dias e conseguiu adiar a decisão da vitória nesta classe da Copa Dunlop Motoval, terminando sempre em 3º da geral e batendo o líder Ricardo Rodrigues (Yamaha), apesar deste partir para a última ronda com uma folgada vantagem de 47 pontos.
Nas corridas que reuniam, como habitualmente, as Supersport 300 com as PréMoto3, Martim Jesus (Kawasaki) venceu no sábado à frente de Vasco Camoesas (Kawasaki) e dos dois primeiros de PréMoto3, os pilotos da Beon Celestin Masy e Tiago Martins, com Dinis Borges em 5º lugar. No entanto, após o final da corrida, a equipa do vencedor interpôs um protesto contra as motos de Vasco Camoesas e Dinis Borges. Mas, antes das motos protestadas serem verificadas, as respetivas equipas retiraram-nas do parque fechado, levando a que os seus pilotos fossem desclassificados – de acordo com o disposto no regulamento do CNV. A moto do vencedor, também verificada, estava em conformidade.
No domingo, Dinis Borges terminou à frente de Martim Jesus e Vasco Camoesas, mas, tal como na véspera, a equipa de Martim Jesus voltou a apresentar um protesto, repetindo-se o procedimento do dia anterior por parte das equipas visadas, que levou a nova desclassificação dos pilotos protestados. Em face destes resultados, Martim Jesus passa para a frente do Campeonato de SSP300, dispondo de 6 pontos de avanço sobre Dinis Borges e, assim, deixando tudo por decidir no Estoril.
Entre as PréMoto3, Tiago Martins, Celestin Masy e Naama Rosa ocuparam os três primeiros lugares, com Tiago Martins agora com 45 pontos de vantagem sobre Vasco Fonseca (ausente em Portimão).
Finalmente, nas corridas que reuniram as 85GP/Moto4 com as MIR Moto5, Alexandre Cabá voltou a ser o único piloto a alinhar em Moto4, vencendo com larga margem em ambos os dias, enquanto, atrás de si, um trio ‘endiabrado’ lutava até à última pela vitória nas MIR Moto5, em particular no sábado, com os três primeiros – Lourenço Vicente, Henrique Vicente e Tomás Carneiro, a terminaram separados entre si por pouco mais de uma décima de segundo! No domingo, foi a vez de Henrique Vicente levar a melhor, agora por margem mais confortável, seguido de Lourenço Vicente e Tomás Carneiro.
Na tabela do campeonato, Lourenço Vicente dispõe de 26 pontos de avanço sobre Henrique Vicente e mais 44 que Tomás Carneiro.
A sexta e última prova do Campeonato Nacional de Velocidade terá lugar no Circuito do Estoril no fim de semana de 9 e 10 de novembro.
Fotos: Hellofoto / Miguel Araújo