Baja de Aragão 2025 foi teste à resiliência e determinação de Maria Luís Gameiro

A Baja de Aragão 2025 foi um verdadeiro teste à resiliência de Maria Luís Gameiro. A piloto do Team Motivo JCB foi até ao nordeste da Península Ibérica munida do seu habitual entusiasmo, mas faltou-lhe, todavia, uma pequena dose de sorte, num fim de semana que não lhe sorriu, mas que serviu lições importantes para o futuro.

Numa autêntica parada de estrelas do mundo do TT, a dupla do Mini da X-Raid, Maria Luís Gameiro e Rosa Romero chegou a Aragão com a ambição de conseguirem uma boa participação. No entanto, o foco estava na preparação para o Dakar 2026. E se o Dakar é sinónimo de dificuldades e superação, a jornada espanhola providenciou os ingredientes certos, transformando-se num duro teste.

O fim de semana começou com mal, com uma saída de pista no Prólogo a ser já um presságio do que estaria para acontecer ao longo dos mais de 460km contra o relógio, divididos por três setores seletivos. No primeiro dia “a sério”, um furo provocou uma perda de tempo que se revelou difícil de recuperar, especialmente numa prova com esta tipologia. Os lugares de destaque ficavam já longe, mas a dupla não esmoreceu e entrou no segundo e derradeiro dia com vontade de mostrar o seu valor. Infelizmente, o infortúnio continuou a fazer parte do “kit” da dupla 100% feminina. Com uma correia de acessórios partida, tal como um dos tensores, Maria Luís acabou por ver a sua prestação irremediavelmente comprometida.

Se o resultado não foi o desejado, o teste, sim, foi ótimo. Os sucessivos desafios permitiram à dupla trabalhar em vários aspetos, dentro e fora do cockpit. No final, Maria Luís estava resignada com a sua sorte, mas contente pela forma como resolveram todos os problemas que encontraram.

 “Não era de todo o que estávamos à espera para esta Baja Aragão! Foi um fim de semana onde perdemos a sorte e nunca mais a encontramos. Desde a saída de pista no Prólogo, que nos obrigou a largar para os sectores muito atrasadas e no meio do pó – ao furo que nos custou muito tempo, até aos problemas no dia de hoje, parecia que tudo estava contra nós. Mas tenho de confessar que, apesar da frustração, gostei deste desafio. Sei bem o que me espera no Dakar e esta prova acabou por ser ideal para nos prepararmos. Trabalhamos muito na vertente da condução, mas também do trabalho mecânico e tenho a convicção que saímos daqui mais bem preparadas. Assim, o resultado não foi de todo o que queríamos, mas tanto eu como a Rosa e toda a equipa, fomos obrigados a trabalhar no duro para chegar ao fim. Um bom teste, físico, técnico e mental que certamente vai pagar dividendos no futuro.”

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