Seis dezenas de equipas estarão, no final desta semana, à partida do Rally de Lisboa | Memorial Joaquim Santos (7/8 junho), a prova que atribui o título da Taça de Portugal de ralis e ao longo de dois dias vai decorrer nas estradas dos municípios de Lisboa, Cascais, Sintra, Vila Franca de Xira, Alenquer, Cadaval, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Arruda dos Vinhos.
É uma lista bem “recheada”, em termos qualitativos, ao nível da edição transata, embora um conjunto de situações aleatórias – como os acidentes sofridos recentemente por Ricardo Teodósio (Hyundai i20 N Rally2) e Ernesto Cunha (Skoda Fabia Rally2 evo), cujos carros ainda não ficaram prontos, ou ainda Paulo Neto (Skoda Fabia Rally2 evo), a convalescer das mazelas físicas do incidente de Lousada no Rally de Portugal – tenha impossibilitado a participação de pilotos que tinha esta prova no seu programa. Rui Madeira também viu a sua participação frustrada, já que o Ford Fiesta Rally2 alugado à equipa espanhola Past-Racing também ficou acidentado no Rali de Portugal e os açorianos Rúben Rodrigues (Skoda Fabia RS Rally2), Luís Rego (Skoda Fabia Rally2 evo) e Henrique Moniz (Peugeot 208 Rally4) ainda têm os seus carros retidos na ilha do Faial, depois da última prova, há duas semanas, do Campeonato dos Açores.
Por último, o campeão da Taça de Portugal de ralis, Armindo Araújo, não poderá defender, com o Skoda Fabia RS Rally2, o seu título, porque este ano a data da prova coincide com um dos seus compromissos no Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, a Baja TT Norte de Portugal.
“Não posso esconder que as nossas expetativas apontavam para uma lista de inscritos mais numerosa, designadamente ao nível de pilotos dos Rally2, mas a verdade é que há situações que nós não controlamos. E houve uma série de conjugações no sentido contrário ao das nossas ambições, mas também não será por aí que deixaremos de ter um bom rali. Temos um excelente lote de pilotos nesta edição do Rally de Lisboa | Memorial Joaquim Santos e estou convicto de que todos eles irão proporcionar um excelente espetáculo na sexta-feira e no sábado. Como organizador, posso dizer que não nos poupámos a esforços, mais uma vez, para elevar a fasquia, a nível de qualidade e de condições proporcionadas às equipas, graças ao apoio inestimável dos nossos patrocinadores. Há uma aposta sem precedentes tanto da promoção como da divulgação do evento e, portanto, creio estarem reunidas todas as condições para que a Taça de Portugal de Ralis seja uma grande festa que dignifique o desporto automóvel”, declarou Humberto Silva, presidente do CPKA.
José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2) e o espanhol Diego Ruiloba (Citroen C3 Rally2) surgem como os naturais cabeças de cartaz, a que se juntam André Cabeças (Ford Fiesta R5) e Paulo Caldeira (Skoda Fabia Rally2 evo) na posição de principais candidatos à discussão dos primeiros lugares, mas a prova do CPKA não se esgotará, em termos de interesse desportivo, nesse quarteto. Nada menos que quatro troféus monomarca são garantia de um elevado nível competitivo, com destaque para o arranque do Clio Trophy Portugal, que utilizará os Clio Rally5, e ainda a Toyota Gazoo Racing Iberian Cup (TGRIC) que terá a sua quarta prova da época.
O troféu organizado pelo Grupo Renault (Portugal), que arranca no Rally de Lisboa | Memorial Joaquim Santos para um calendário de cinco ralis em pisos de asfalto, apresenta 11 equipas, um número notável, a que se juntam mais 8 pilotos do Clio Trophy Spain. Novidade serão, ainda os 5 Dacia Sandero Stepway 100 ECO-G que competem na Sandero Eco Cup Spain.
Pelo segundo ano consecutivo no rali lisboeta, o TGRIC terá nesta quarta ronda da época 9 equipas, sendo o jovem boliviano Bruno Bulacia é o atual líder, com 7 pontos de vantagem para o asturiano Javier Villa, com o veterano português Miguel Campos na terceira posição, dispondo de um pecúlio de 6 pontos face a Pedro Lago.